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domingo, 4 de novembro de 2012


Pacote de turismo espacial será vendido em feira de Gramado

Entre os dias 22 e 25 de novembro, os visitantes do Festival do Turismo de Gramado, no Rio Grande do Sul, poderão comprar passagens para uma viagem espacial por cerca de US$ 100 mil.


Pacote de turismo espacial será vendido em feira de GramadoA nave Lynx levará o turista para um voo de 1 hora pelo espaço (Fonte da imagem: Reprodução/SXC)
Nada de Buenos Aires, Nova York ou Machu Picchu. Em 2014, aqueles que não gostam de futebol poderão fugir da Copa indo para o espaço. Pelo menos é o que promete a empresa Sanchat Tour Operadora, que estará oferecendo pacotes "especiais e espaciais" em que o turista terá uma vista privilegiada da fina atmosfera terrestre. A uma altura de 100 km, o passageiro também verá toda a região que vai da Flórida ao Brasil, com direito a observar, também, o Caribe.
O voo de uma hora custará cerca de US$ 100 mil, o equivalente a R$ 203 mil. Mas o processo todo exige certas etapas obrigatórias. Para começar, serão formados grupos de 12 passageiros e todos deverão passar por um exame médico que avaliará as condições físicas necessárias para o passeio. Além disso, um pequeno treinamento com direito a uma simulação será ministrado aos turistas, que deverão ter pelo menos 18 anos para embarcar.
Pacote de turismo espacial será vendido em feira de GramadoAntes de decolar, passageiro passará por exame e treinamento (Fonte da imagem: Reprodução/Sanchat Tour)
A viagem será feita pela nave Lynx, mostrada na imagem acima e voo será realizado pela agência Space Expedition Curaçao (SXC), partindo do aeroporto de Hato, em Curaçao, no Caribe, e tendo o mesmo local como destino de retorno. Durante toda a viagem o passageiro desfrutará de uma cúpula transparente que proporcionará uma visão panorâmica espetacular.
Quem tiver interesse nesse roteiro turístico e estiver de passagem pelo Rio Grande do Sul poderá se informar melhor sobre a oportunidade no Festival do Turismo de Gramado, que acontece entre os dias 22 e 25 de novembro de 2012.


E se um buraco negro passasse pelo nosso Sistema Solar?

No caso de um evento como esse, provavelmente seríamos engolidos como água caindo por um ralo.
E se um buraco negro passasse pelo nosso Sistema Solar? (Fonte da imagem: Reprodução/NASA)
Os buracos negros formam uma região do Universo onde a matéria se encontra em um estado tão superconcentrado e denso que a sua força da gravidade é tão poderosa que tudo — absolutamente tudo — é sugado para o seu interior. Nada pode fugir de sua atração gravitacional, nem mesmo a luz ou qualquer radiação, pois elas não têm velocidade suficiente para fugir dessa força extrema.
E o que aconteceria se algo tão poderoso passasse pelo nosso Sistema Solar? Coisas muito ruins, com certeza! Para começar, só nos daríamos conta de sua aproximação quando os planetas que se encontram mais distantes do Sol começassem a apresentar variações em suas órbitas. Júpiter, o planeta mais massivo do nosso sistema, seria capturado pela força gravitacional do buraco negro, que o consumiria pouco a pouco, sugando todo o seu gás.

Catástrofes

Todo esse material — extremamente quente — formaria um disco luminoso que giraria ao redor do buraco negro, permitindo que se tornasse visível. Conforme fosse se aproximando da Terra, os efeitos gravitacionais do buraco negro provavelmente desencadeariam terremotos e erupções vulcânicas sem precedentes, além de alterar a nossa órbita e fazer com que o nosso planeta se aproximasse ou se afastasse do Sol.
Ao passar por nós, as mudanças geológicas devido às forças de maré teriam sido tão extremas que toda a superfície ficaria recoberta por magma, destruindo todas as formas de vida do planeta. E, como o Sol é o astro mais massivo do nosso sistema, ele e o buraco negro se atrairiam fortemente, graças às suas forças gravitacionais, sendo que todos os gases da nossa estrela seriam sugados pelo buraco.
Por fim, o buraco negro engoliria todo o Sistema Solar, que seria sugado na forma de um redemoinho espiralado, indo parar em seu centro como se fosse água caindo por um ralo! Mas não se preocupe. Todas as galáxias contam com um buraco negro supermassivo em seu centro e é muito — muito — pouco provável que eles decidam sair de passeio por aí, devorando sistemas solares pelo caminho.


Cientistas desenvolvem novo modelo para a origem da Lua

Pesquisadoras demonstram modelo aprimorado no qual a Lua teria se formado a partir de uma colisão de um corpo celeste com a Terra.


Cientistas desenvolvem novo modelo para a origem da Lua (Fonte da imagem: iStock)
As pesquisadoras Matija Cuk, do Instituto SETI, e Sarah Stewart, da Universidade de Harvard, propuseram um novo modelo para a formação da Lua. A teoria procura explicar as semelhanças nos elementos químicos que compõem o planeta Terra e o seu satélite natural, visto que a composição isotópica de ambos tem muita similaridade.
O estudo afirma que um impacto gigante na Terra, que rodava a uma velocidade muito maior do que nos dias atuais, dispersou material na órbita, o que veio a formar a Lua. Além disso, após o impacto, o nosso planeta entrou em um ritmo de rotação mais lento, devido às interações gravitacionais — que são chamadas de ressonância orbital — entre o Sol e o satélite natural.

Composição isotópica e o universo

O que leva a teoria do impacto ser bem aceita é o fato de a Terra e a Lua serem “gêmeas isotópicas”, algo raríssimo no universo. Os isótopos de oxigênio e titânio variam muito no Sistema Solar, tanto que são inclusive utilizados como uma espécie de impressão digital para reconhecer planetas e grupos de meteoritos de origens diferentes.
Ainda assim, o modelo tem um problema: ele indica que a maior parte da Lua foi formada pelo corpo que entrou em colisão com a Terra. Assim, a hipótese é capaz de explicar a massa da Lua e a sua taxa de rotação, assim como a taxa de rotação da Terra, mas não os elementos químicos do satélite natural (que são tão semelhantes aos do nosso planeta).
Modelo da Lua gerada a partir de um impacto (Fonte da imagem: Instituto SETI)
Seguindo a teoria, antes do impacto a Terra teria um dia composto por apenas cinco horas. Se isso fosse real, considerando o tamanho do impacto e um período de rotação pós-impacto de aproximadamente cinco horas, não teria sobrado material o suficiente na órbita para fazer com que a Lua tivesse os mesmos componentes químicos da Terra.

Explicando a composição química

As pesquisadoras afirmam que, se o momento angular (grandeza física associada à rotação e à translação de um corpo) da Terra fosse maior, o material desprendido do planeta seria suficiente para gerar um satélite com a mesma impressão isotópica. Segundo as cientistas, um dia com apenas duas horas (devido ao momento angular proposto) estaria de acordo com o ponto de rotação limite mais fácil para soltar detritos da Terra em órbita durante um impacto.
a mudança da rotação da Terra (Fonte da imagem: Instituto SETI)
Adicionalmente, Matija Cuk e Sarah Stewart descobriram que a “jovem” Terra talvez tivesse um tempo de giro ainda menor logo após o impacto. Então, posteriormente, o planeta alcançou gradualmente a taxa atual, transferindo o momento angular para o Sol, devido à interação entre as órbitas desta estrela e da Lua em volta da Terra.
Inclusive, as cientistas também ressaltam que até hoje as marés possuem influência sobre a rotação da Terra e o afastamento contínuo da Lua. Assim, o grande impacto seguido de uma “ressonância” entre a Lua e o Sol poderia explicar a composição química da Lua e as taxas de rotação da Terra e do seu satélite.