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quinta-feira, 7 de junho de 2012

Vênus passou na frente do Sol

Hoje, dia 5 de junho de 2012, será possível ver um pontinho passando lentamente sobre o Sol. É o planeta Vênus passando entre a Terra e o Sol. O evento é tão raro que o próximo só será observado em 2117, após 105 anos.
Escolas e museus ao redor do planeta estão preparando festas para acompanhar o fenômeno e os astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional também estão planejando acompanhar o evento.
O trânsito começa nesta terça-feira (dia 5, às 19h09 no horário de Brasília) a oeste do Meridiano de Greenwich e na quarta-feira (6) a leste dele. Ele vai durar seis horas e 40 minutos e será visível do oeste do Pacífico ao leste da Ásia e leste da Austrália.
Foto: divulgação
Observadores no Canadá, Estados Unidos, México, América Central e norte da América do Sul poderão ver o começo do espetáculo antes que o sol se ponha. Europa, Ásia ocidental e central, África ocidental e o leste da Austrália pegarão o fim, depois que o Sol nascer.
No Brasil, o espetáculo só será visto por habitantes do extremo oeste do país, durante o pôr-do-sol (galera do Acre e Rondônia, podem preparar seus telescópios!).
O fenômeno poderá também ser visto a olho nu, informaram os astrônomos, lembrando que, devido ao risco de cegueira ou dano permanente na vista, não se deve olhar diretamente para o sol sem um filtro apropriado.
Um leão-marinho usou óculos especial em 21 de maio de 2012, em um aquário em Tóquio, no Japão, durante um eclipse solar que pôde ser visto no país asiático. Durante o fenômeno, a Lua cobriu o Sol até tapar cerca de 94% de sua superfície e desenhar um anel.
Houve 53 trânsitos de Vênus entre 2000 a.C e 2004 d.C (último registrado até agora). “Uma vez que ocorre um trânsito, lhe segue outro em exatamente oito anos menos dois dias, mas depois devem passar 105 anos e meio para que aconteça outro par de trânsitos separados por oito anos” – segundo Bob Berman, colunista da revista Astronomy Magazine.
Com um grande encontro em Mauna Kea (Havaí), considerado o melhor ponto do planeta para ver o fenômeno, a Nasa retransmitirá o evento ao vivo em seu site e se conectará com analistas de seus centros assim como de 148 países de todo o mundo que realizarão atividades de acompanhamento.
O último trânsito de Vênus neste século poderá ajudar a conhecer mais sobre a estrutura da atmosfera do planeta e contribuir na descoberta de planetas extra-solares com atmosferas, na incessante busca do homem por vida no universo.

Vênus passa entre a Terra e o Sol nesta terça

O trânsito de Vênus, que poderá ser visto nesta terça-feira (5) nas Américas Central e do Norte e na Europa, é uma oportunidade única para a ciência, mas também para a curiosidade humana, asseguram especialistas. No Brasil, ele só deve ser visto em alguns pontos do Acre, do Amazonas e de Roraima.
"O interessante é que o fenômeno volta a ocorrer apenas em centenas de anos", disse Eduardo Araujo, cientista da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês). "O planeta passa entre a Terra e o Sol e é visto como um pontinho que percorre o Sol", explicou.
Vênus passa à frente do Sol em imagem de arquivo de junho de 2004. (Foto: Geert Vanden Wijngaert / Arquivo / AP Photo)Vênus passa à frente do Sol em imagem de arquivo de junho de 2004. (Foto: Geert Vanden Wijngaert / Arquivo / AP Photo)
A distância é tão grande que não tem nenhum efeito sobre a Terra, mas é uma "grande oportunidade" para os cientistas estudarem os movimentos ondulares, as forças gravitacionais, a densidade e outros aspectos.Já começou o recolhimento de dados, mas os resultados não serão vistos imediatamente, uma vez que os estudos que apresentarão as primeiras descobertas só serão concluídos em meses.
"É uma oportunidade do ponto de vista do mundo científico, mas do ponto de vista da curiosidade humana é única também", assegurou Araujo, ao lembrar que nem todas as gerações têm a oportunidade de ver uma transição.
Os Trânsitos de Vênus são pouco comuns, acontecem em pares separados por oito anos e depois não voltam a ocorrer em menos de 100 anos. O último foi em 2004, e, após esse, que completa o par, os especialistas calculam que não acontecerá outro até 2117.
Nasa prevê seu início entre 19h09 e 19h27 (horário de Brasília), e a saída para algum momento entre 1h32 e 1h50 de quarta.